O Chorinho na Cabine: O Uber que Ouviu um Bebê no Velório da Vila Alpina

Relato encontrado na internet (anon.): 14/09/2025
Local: Cemitério da Vila Alpina - São Paulo
Blog: Brasil Assombrado
Envie seu relato: lendaseterror.mfcontatos@gmail.com

Dirigir à noite tem um código próprio: ruas vazias, passageiro dormindo no banco de trás, a necessidade constante de trocar água por combustível humano - ou seja, um bom banho e um banheiro. Este relato de um motorista de aplicativo transforma essa rotina numa noite que não sai da memória: uma corrida até um velório, uma bexiga implodindo e um cheiro de medo que permanece mesmo depois de o volante ser guardado.

O cenário: velório, banheiros e caixões

Era domingo à noite. O motorista deixa um casal de idosos no velório do cemitério da Vila Alpina e sai à procura de um banheiro. No corredor repleto de capelas, o banheiro masculino está indisponível; a funcionária oferece que o homem use o feminino, vigiando a porta até a última mulher sair. Ele aceita, entra na cabine - e, no silêncio do espaço quase vazio, ouve o choro de um bebê.

Evita olhar pela fresta, espera, ouve passos de salto alto, o som da torneira, a mãe sussurrando “shi, shi, shi” para acalmar. Só então se sente seguro para sair. Ao comentar com a funcionária, recebe uma resposta que vira tudo ao avesso: ninguém entrou no banheiro. A única mãe com bebê estava na capela 10 - mãe e filho mortos durante o parto. Ao verificar, o motorista encontra um caixão branco pequeno ao lado de um caixão maior. Pânico. Desde então, ele sente presenças no carro à noite, passageiros comentam que o veículo fica “gelado”, e ele simplesmente parou de trabalhar à noite.

Por que essa história arrepia tanto?

O relato reúne elementos que mexem com os medos universais:

Local liminar: cemitérios/velórios são espaços entre vida e morte - cenário perfeito para o inexplicável.

Som infantil: choros de bebê evocam fragilidade e injustiça; ouvi-los em contexto de morte aumenta o horror.

Percepção confirmada: o motorista ouviu, descreveu detalhes (saltos, torneira, acalanto) e depois encontrou evidência física (os caixões). Isso torna o evento mais difícil de reduzir a alucinação.

Consequência psicológica: alterações no comportamento (medo de trabalhar à noite, sensação de “alguém no banco de trás”) mostram como encontros assim podem marcar profundamente.

Possíveis explicações - sem tirar o mistério

Existem leituras diferentes para um episódio assim:

Fenômenos espirituais: muitas tradições interpretam sons ou aparições em cemitérios como manifestações de pessoas que não partiram em paz ou de mensagens deixadas para os vivos.

Reação psicológica: estar num local carregado (cheiro, visão de caixões) pode aumentar sensibilidade auditiva e produzir interpretações que unem memória, expectativa e medo.

Coincidência sinistra: o choro poderia ter origem distante (próximo ao cemitério) e, por azar, o homem foi exatamente ao local onde havia um caso de morte materna-infantil - coincidência e confirmação tendem a reforçar a crença.

Nenhuma explicação precisa anular a experiência do motorista; o que aconteceu com ele foi real para ele - o arrepio, o medo, a decisão de parar de trabalhar à noite.

Recomendações práticas para motoristas e quem frequenta velórios

1. Se puder, evite ficar sozinho em locais onde você se sente inseguro. Leve um amigo, peça para a recepção acompanhar.

2. Se ouvir algo incomum, registre mentalmente detalhes objetivos (hora, local, sons específicos) para avaliar depois com calma.

3. Cuide da saúde mental: encontros intensos podem provocar ansiedade ou insônia - procurar apoio (conversa com alguém de confiança ou profissional) ajuda.

4. Respeito e cautela: cemitérios guardam histórias reais; tratar o lugar com respeito é sempre prudente.

Conclusão

O episódio do motorista no cemitério da Vila Alpina é daqueles relatos que ficam na garganta: simples em palavras, complexo em sentimento. Quer você acredite em assombrações ou em coincidências, a história fala sobre algo crucial - como o encontro com a morte pode alterar a percepção do mundo e a rotina de uma pessoa comum. E sobre como, às vezes, o que ouvimos na calada da noite muda nossa vida.

Se você já passou por algo parecido - no cemitério, no ônibus, no carro ou em casa - conte para o Brasil Assombrado. Seu relato pode ser a peça que falta no quebra-cabeça do inexplicável.

📧 Envie seu relato para: lendaseterror.mfcontatos@gmail.com

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