A Meia-Noite dos Açoites: o vizinho que fez um pacto e pagou caro

Relato anônimo publicado em 01/07/2025

Condomínio fechado – interior do Brasil

Mudar-se para um condomínio pequeno costuma trazer aquele ritual de “porta em porta” — vizinhos amistosos, conversas rápidas, um pedaço de bolo de boas-vindas. Para o autor deste relato, tudo correu conforme o script, exceto na casa à esquerda. A família mantinha as persianas fechadas, saía e chegava sem cumprimentos, olhar sempre por trás de óculos escuros. No início, parecia apenas antipatia; depois, revelou-se algo muito mais sombrio.

Estalos, gritos e a porta que ninguém abre

Por volta da meia-noite, enquanto finalizava um projeto no escritório do andar de cima, o novo morador ouviu estalos secos — como chicotadas — seguidos de gritos de dor masculina vindos da casa vizinha. Lá fora, todas as luzes apagadas.

Temendo violência doméstica, ele correu e bateu à porta. A esposa do vizinho, sonolenta, jurou que todos dormiam. Vergonhoso mal-entendido? Talvez. Mas os estalos voltaram outras noites, sempre no mesmo horário, sempre acompanhados dos lamentos abafados. Outros moradores também ouviam, mas preferiam duvidar do próprio juízo.

Da indiferença à amizade (e às revelações)

Meses depois, a mulher do vizinho começou a pedir açúcar, farinha, arroz — sinal claro de dificuldades. No aniversário do narrador, o casal finalmente apareceu para um churrasco. A partir daí, nasceu uma amizade hesitante. E, em uma sexta-feira regada a cerveja na calçada, veio a confissão:

> “Aquilo sou eu apanhando…”

O vizinho explicou que onze anos antes havia firmado um pacto com “uma entidade” em troca de prosperidade financeira. Durante oito anos, lucrou muito: casa, viagens, loja de tecidos em expansão. Mas o acordo exigia “tarefas” periódicas. Quando não as cumpria, era açoitado pontualmente à meia-noite. Nos últimos três anos, as exigências ficaram impossíveis; a fortuna evaporou, e as surras espirituais tornaram-se frequentes. Romper o pacto? Segundo ele, “a entidade me mataria”.

Pouco tempo depois, o homem vendeu casa e loja a preço de banana e partiu para o sul, deixando apenas a promessa de gratidão eterna e um mistério que ecoa nos corredores vazios do condomínio.

Pacto sobrenatural ou tragédia humana?

Brasil Assombrado já arquivou dezenas de histórias envolvendo promessas de riqueza seladas com forças ocultas — de benzimentos mal-sucedidos a pactos explícitos com “o coisa-ruim”. Elementos recorrentes:

1. Período de bonança repentina após o acordo.

2. Cláusulas crescentes que exigem sacrifícios cada vez mais difíceis.

3. Cobrança à meia-noite — hora simbólica para manifestações trevosas.

4. Isolamento social: vergonha, depressão ou receio de revelar o segredo.

Seja fruto de transtorno psicológico, auto-punição ou algo realmente sobrenatural, o caso lembra que pedir favores ao invisível pode cobrar juros altíssimos.

Você já ouviu açoites na calada da noite?

Se presenciou fenômenos parecidos — estalos inexplicáveis, gritos, pactos ou cobranças sobrenaturais —, conte-nos. Seu depoimento ajuda a mapear essas ocorrências e a entender onde a lenda cruza a realidade.

📧 Envie seu relato para: lendaseterror.mfcontatos@gmail.com

(Identidade preservada a pedido. Conte sua história; nós contamos ao Brasil.)

Comentários