Data do relato: 26/06/2025
Local do acontecimento: Belém do Pará
Em meio às histórias colhidas pela equipe do Brasil Assombrado, algumas surgem como ecos silenciosos do passado, passados de geração em geração como advertência, espanto ou puro mistério. Recentemente, em uma das nossas pesquisas pela internet, encontramos um relato impactante, publicado em 26 de junho de 2025, por uma pessoa que decidiu compartilhar uma das muitas lembranças inexplicáveis deixadas por sua falecida mãe. O caso remonta à infância dela, em Belém do Pará, e envolve um encontro assombroso com uma figura misteriosa e possivelmente sobrenatural no Bosque Rodrigues Alves - mais conhecido como Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia.
Uma Menina Sensitiva e o Caminho para o Inesperado
A narradora revela que sua mãe, desde muito jovem, apresentava comportamentos e percepções incomuns. Hoje, com mais maturidade, ela acredita que a mãe era “sensitiva” - alguém com a habilidade natural de perceber presenças e eventos além da compreensão comum. Mas naquela época, tudo era apenas parte da infância… até que algo mudou para sempre.
O episódio central ocorreu quando a mãe tinha cerca de 10 ou 11 anos, voltando da escola com uma amiga de mesma idade. No caminho de volta, resolveram atravessar o Bosque Central, como ela chamava - e que, ao que tudo indica, era o Bosque Rodrigues Alves, um dos locais mais antigos e icônicos de Belém, conhecido por sua atmosfera densa, com trilhas, árvores altas e silêncio profundo entre os sons da floresta urbana.
Foi nesse bosque que encontraram o homem.
O Encontro com o Homem Pálido
Sentado em um banco, sob a sombra das árvores, havia um homem muito pálido, de aparência doentia, vestindo roupas antigas e gastas, como se tivesse saído de um tempo muito distante. Ele folheava calmamente um livro velho, cuja capa parecia tão antiga quanto suas vestes. O contraste entre ele e o ambiente era tão evidente que as meninas comentaram em voz alta:
“Que homem esquisito…”
Foi então que a criatura - porque logo deixaria de parecer humana - levantou lentamente os olhos e encarou as duas. Seus olhos eram amarelados, um amarelo vivo, quase animal, que causava terror instantâneo. Mesmo sem dizer uma palavra, o olhar do homem causou uma impressão tão forte que as meninas saíram correndo sem olhar para trás, guiadas pelo puro instinto de sobrevivência.
Mas o horror estava apenas começando.
A Repetição Impossível: Ele Estava Lá Outra Vez
Elas correram em linha reta, desviando de trilhas e árvores, seguindo em frente por tempo suficiente para acreditar que estavam longe. Até que, inacreditavelmente, se depararam com o mesmo homem, sentado em outro banco, com a mesma postura, o mesmo livro, e novamente os olhos amarelados que se levantaram para fitá-las.
Como ele chegou lá antes delas?
Era mesmo humano?
Tomadas por um pânico ainda maior, correram mais uma vez, desta vez sem parar até chegarem em casa, suadas, tremendo e incapazes de explicar o que haviam visto de forma lógica. O mistério ficou guardado, mas nunca esquecido.
Herança Sobrenatural e a Persistência do Mistério
A narradora conta que ouviu essa história diversas vezes durante a infância. Sua mãe era uma verdadeira guardadora de memórias inexplicáveis, cheia de relatos de encontros estranhos, presságios e presenças. Com sua morte, essas histórias ganharam ainda mais peso: são hoje testemunhos de uma sensibilidade que parecia aberta a outra camada da realidade.
Mas o que seria essa figura? Um espírito errante? Uma entidade sobrenatural que habita lugares liminares como bosques e ruínas? Um guardião de algo esquecido, condenado a vagar pelas mesmas trilhas até ser notado? Os olhos amarelados são um detalhe frequente em descrições de entidades não humanas em relatos do Brasil e do mundo, associados muitas vezes a criaturas interdimensionais, encantados ou mesmo demônios mascarados de gente.
O Bosque de Belém: Lugar de Memórias e Mistérios
O Bosque Rodrigues Alves, fundado no final do século XIX, sempre foi cercado de mistérios e histórias locais. Mesmo sendo um espaço de lazer e ciência, seu ar úmido, a vegetação cerrada e os caminhos sinuosos criam uma atmosfera que convida ao desconhecido. Para muitos, ele é mais do que um parque: é um portal simbólico, um lugar onde o passado encontra o presente, e onde o que está oculto pode, por um instante, se revelar.
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